miðvikudagur, júní 28, 2006

'Ariadne sleeping'

Ontem eu escutei um piano de verdade, escutei duas pessoas tocando piano.
Hoje eu escuto um piano no cd player.

Em mais uma tarde sozinha no escritório, com o dia cinza; e essa luz que incide tão estranha...

Pensei nas tardes sozinhas que passarei, nos dias cinzas que viverei; e nessa luz estranha que vai incidir em meus olhos por dias sem fim.

Uma amiga contou que a filha dela após chegar no topo da Torre Eiffel exclamou: 'Gente! Nós estamos na Europa!'. Eu não pude deixar de rir quando ela contou, mas eu entendi muito bem o que a menina quis dizer e arrisco afirmar que sei até o que ela sentiu. Eu tenho certeza de como é isso mesmo antes de vivenciar... a espera é tão terrível e o mundo dos sonhos, da imaginação tão grande... que eu já vivi e revivi minha história pelo menos umas 100 vezes em 13 anos.
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Quando eu digo para as pessoas que vou partir tenho certeza que só metade acredita.
É engraçado como as pessoas não entendem as entrelinhas das coisas... olham só o chão, o preto ou o branco.
A minha avó tem medo que eu nunca mais retorne... ela também não entende que isso é impossível... que é uma partida sem volta e que esta mariana será somente mais uma peça em seu museu.

A questão não se resume ao fato do lugar em que nos encontramos em dado momento, mas sim em qual deles a nossa vida está.

Quando eu for embora, minha vida, meus sonhos e meus pensamentos pertencerão a um novo tudo.
Como eu disse: uma partida sem volta.
Um novo começo que enterra este antigo fim.

föstudagur, júní 23, 2006

pela sobremesa


"a vida é curta, coma a sobremesa primeiro" - H.D. Bland


sunnudagur, júní 11, 2006

Feliz Valentino

Todos nós sabemos que o dia dos namorados é uma data puramente comercial, no Brasil isso é muito evidente já que se comemora em Junho enquanto nos outros países a data é em Fevereiro, com uma história e celebração que envolve alguém que eu já esqueci, num evento que eu também não consigo me lembrar.
Mas eu me pergunto por que apesar de sabermos de tudo isso, nos importamos com essa data?
Por mais durões que sejamos dizendo que não nos importamos, que a data é ridícula e que não iríamos nos expor a evento tão consumista e sem significado, lá no fundo a gente pensa: 'mais um ano que passo o dia dos namorados sozinho(a)', 'se eu tivesse um namorado(a) daria a coisa X para ele(a)', 'nossa... como seria bacana sair para jantar e pegar esses menus especiais de namorados... que puxa'.

Eu não consigo entender... os seres humanos são extremamente carentes de afeto... e não adianta, por mais que as pessoas tenham um porto na família e amigos, sempre o cenário parece mais bonito se há um grande amor. O problema é que o amor nem sempre está onde a gente está.

Hoje ainda é dia 11, mas amanhã tenho certeza que muita gente vai evitar pensar nos corações e casais felizes que encontraremos pela rua, na faculdade, no trabalho. Eu de certa maneira também farei isso... mas eu gosto de lembrar de uma vez em que ganhei um sonho de valsa de presente de uma amiga no dia dos namorados... nós éramos um trio e ela comprou três sonhos de valsa, um para cada um e todos comemos juntos e celebramos. Dia feliz.

Um bom Valentino para vocês.